Social Icons

Pages

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Confira os melhores jogos de 2012 na escolha do INFO Games



Clichê? A história de Far Cry 3 começa da mesma forma que boa parte dos filmes de ação adolescente de Hollywood. Mas logo o enredo prova sua maturidade, a começar pelos vilões. Vaas, sem dúvidas, é um dos mais bem elaborados personagens que já vimos em um game. Ele é totalmente insano, cruel e cria uma relação de amor e ódio com os jogadores. Suas conversas desconexas, suas repentinas mudanças de humor e frases de efeito com certeza marcam boa parte da aventura. Uma pena que ele não participa mais do enredo como imaginávamos. E aqui mora a primeira grande surpresa de Far Cry 3. 
É só observar todo o material de divulgação do jogo (e até mesmo a capa) para perceber que Vaas está sempre em destaque, deixando o protagonista – e seu chefe, Hyot – sempre em segundo plano. O curioso é que, a cada nova hora de jogo, Jason amadurece como pessoa e também como personagem. Após um épico confronto com Vaas, a coroa de importância é passada e sentimos que ele se torna um grande personagem principal. O momento em que isso acontece é icônico por ser exatamente quando outro grande personagem tem uma importante participação. No final das contas, Jason Brody se torna um herói digno de uma aventura como a de Far Cry 3. 
Após fugir do acampamento de Vaas, você encontra Dennis Rogers, membro de uma tribo de nativos das Ilhas Rook, que inicia Jason na cultura dos Rakyat. Dennis promete ajudar Jason a encontrar seus amigos e assim o protagonista começa a se envolver cada vez mais com os nativos e suas causas. 
Far Cry 3 pega emprestado elementos de sucesso de jogos como Red Dead Redemption, Elder Scrolls V: Skyrim e Assassin’s Creed III. O enorme mundo aberto e diversas atividades paralelas, como caça e jogos de carta, se tornam um parque de diversões para os jogadores. Explorar as florestas e praias de Rook é uma experiência visualmente inesquecível. É impressionante o número de detalhes em cada parte dos cenários, que se integram muito bem com as missões principais e secundárias. É um mundo vivo, repleto de perigos e oportunidades que premia os jogadores mais dedicados. 
Quando não estiver fazendo as missões principais da história, você possivelmente estará caçando animais para melhorar seus equipamentos e carregar mais armas e munição ou realizando tarefas básicas para garantir sua segurança e locomoção pela Ilha. 
Assim como em Assassin’s Creed, é preciso alcançar pontos específicos para revelar o mapa em regiões. Em Far Cry 3, isso ocorre ao você liberar torres de rádio da sabotagem dos piratas. Subir em cada uma delas é como resolver um quebra cabeça, já que as más condições físicas vão exigir saltos e pequenas acrobacias para chegar ao topo. Da mesma forma, liberar pontos para “viagem rápida” no mapa também é essencial para sua sobrevivência. Isso é feito ao dominar postos avançados, uma das nossas tarefas favoritas do jogo. 
Já que boa parte da ilha está dominada por piratas, também é seu trabalho remover as forças deles de pontos estratégicos do mapa, como também acontece em outros episódios de Far Cry. Para dominar um posto avançado é preciso cautela e muita estratégia, algo que destrói qualquer preconceito de que esse é apenas mais um FPS onde atirar é mais importante que qualquer outra coisa. Se você for visto nas redondezas de um posto inimigo, o alarme será soado e dificilmente você conseguirá dominá-lo. A melhor forma de conseguir isso é, cautelosamente, eliminar os adversários silenciosamente e desligar o alarme. Depois, basta dar cabo dos inimigos restantes para dominar a base. Conseguir os postos é um desafio interessante para o gameplay e também ajuda (e muito) na sua progressão geral. Nada mais gratificante que eliminar todos os adversários com flechas certeiras e, às vezes, liberando um tigre preso em uma jaula para distraí-los. As opções são diversas. 
E quanto mais missões você faz, mais experiência ganha. E essa experiência libera pontos para você investir em novas habilidades que garantem desde uma barra de vida maior até golpes furtivos usando a faca. 
A variedade nas missões primárias também evita qualquer tipo de cansaço. Por mais tempo que você perca fazendo atividades secundárias, todas elas ajudam o seu progresso na história principal, que premia o jogador com momentos inesquecíveis. Quem jogou sabe: quando “Make It Bun Dem” começa a tocar, é impossível não abrir um sorriso e se divertir com uma das mais inusitadas missões de todos os tempos. 
Far Cry 3 é um primor técnico e quase não tivemos problemas com bugs ou empecilhos relativamente comuns em jogos com mundo aberto. Os visuais são impressionantes e a mudança dinâmica do tempo é um espetáculo à parte. Por algumas vezes subimos até o alto de um monte para acompanhar o pôr do Sol. O cuidado com os detalhes continua em todos os aspectos, até nas descrições de personagens, cenários, armas e locais nos menus. Elas são úteis e muito engraçadas, destacando o senso de humor negro e adulto do jogo. 
Aproveitando a deixa, não podemos deixar de elogiar o ótimo trabalho de localização para português em Far Cry 3. Muito mais do que apenas traduzir, os diálogos e menus foram adaptados, tornando gírias e piadas muito mais naturais. Um trabalho que serve de exemplo para todos os demais jogos que vierem a fazer localizações em português no futuro. 
Far Cry 3 é completo, um primor técnico em todos os aspectos e que diverte todos os tipos de jogadores. Os modos multijogadores ampliam ainda mais a experiência variada – principalmente no cooperativo, que tem uma história exclusiva e permite até quatro jogadores se aventurarem simultaneamente.
O Melhor Jogo de 2012 é uma combinação de diversos elementos que deram certo nos últimos anos, amarrados com uma história empolgante e personagens muito bem construídos. Far Cry 3 não precisou ser extremamente inovador para divertir. Nem sempre reinventar a roda é necessário para garantir perfeição em um jogo, e aqui está um ótimo 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 

Sample text

Sample Text

Sample Text